Antologia de textos com cães dentro.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Os meus fantasmas

Uma caneta que não escreve
no momento que o poema
aperta

Cães a ladrar
para espantar a noite
que aperta contra
o poema que a caneta
não escreve

na noite
onde cães ladram
para espantar a caneta
que não escreve
o poema

que aperta
que me aperta

E a caneta que não escreve
e os cães a ladrar para espantar a noite
para espantar a caneta
que mesmo assim
não escreve o poema
que aperta

Os meus fantasmas?
Não são para aqui
chamados

Poema inédito de manuel a. domingos.

Etiquetas

Seguidores